Meses de um conflito brutal no Iêmen mataram ou feriram mais de 1.000 crianças, e o número de jovens recrutados ou utilizados como combatentes aumentou, denunciou o Fundo das Nações Unidas para a Infância na quarta-feira (19) (horário local).
Cerca de 400 crianças foram mortas e mais de 600 feridas – uma média de oito vítimas por dia – desde que os combates se intensificaram no fim de março, de acordo com o Unicef.
Uma coalizão árabe-saudita tem bombardeado os rebeldes houthis, que são a força dominante do Iêmen e têm apoio do Irã, desde o fim de março na tentativa de restabelecer o presidente exilado Abd-Rabbu Mansour Hadi, que fugiu para Riad.
A guerra já matou mais de 4.300 pessoas, muitas delas civis, e espalhou doença e fome em todo o país.
Mais de 1,3 milhão de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas desde março e quase 10 milhões de crianças – 80% da população infantil do país – precisam de ajuda humanitária urgente, afirmou o Unicef em relatório divulgado na quarta-feira.
“As crianças estão arcando com o ônus de um conflito armado brutal que aumentou em março deste ano e não mostra sinais de uma resolução”, disse a agência da ONU.
“Este conflito é uma tragédia particular para crianças iemenitas... (elas) estão sendo mortas por bombas ou balas e aquelas que sobrevivem enfrentam a crescente ameaça de doenças e desnutrição”, afirmou o representante do Unicef no Iêmen, Julien Harneis.
O relatório afirmou ainda que o número de crianças recrutadas ou usadas no conflito mais do que dobrou, para 377 até agora em 2015, em relação às 156 crianças em 2014.
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