A frágil trégua política no Japão pós-desastre terminou ontem, quando o líder do principal partido de oposição pediu ao impopular primeiro-ministro, Naoto Kan, que renuncie em razão da forma como lidou com as calamidades naturais e a crise nuclear no país.
Kan, cujo apoio popular está na casa de 30 por cento, havia buscado uma ampla coalizão para ajudar o país a se recuperar de seu pior desastre natural e aprovar leis para financiar o maior projeto de reconstrução do país desde a Segunda Guerra Mundial.
O Partido Democrata, de Kan, controla a Câmara Baixa do parlamento, mas precisa da oposição para aprovar leis porque não detém a maioria na Câmara Alta, que pode bloquear os projetos. Mas o chefe do maior partido de oposição, o Partido Liberal Democrática, aumentou a pressão para que Kan renuncie. "Chegou a hora de [o primeiro-ministro] decidir se fica ou sai", disse Sadakazu Tanigaki.
Takeo Nishioka, presidente da Câmara Alta e crítico notório de Kan entre os democratas, também exortou o líder de governo a renunciar, disse a Kyodo.
Resistência
Kan, entretanto, que assumiu em junho como o quinto líder do Japão desde 2006, não deve sair facilmente, e os partidos de oposição podem se ver atacados se tentarem fazer chantagem política com o orçamento de emergência, dizem analistas. "Kan provavelmente irá ignorar isso", afirmou Koichi Nakano, professor da Universidade de Sophia. "Se eles (críticos de Kan) pensassem no interesse nacional, fariam isso agora?"
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