O líder opositor da Venezuela e ex-prefeito de Chacao, Leopoldo López, divulgou nesta segunda-feira (17) um áudio para a CNN no qual diz que se apresentará à Justiça e legitima os protestos contra o governo de Nicolás Maduro.
"Tomei a decisão de me apresentar ante à Justiça do meu país, um sistema corrupto e manipulado, porque eu não sou um delinquente", diz a gravação.
O governo venezuelano acusa López de homicídio e terrorismo por sua suposta ligação com os protestos que deixaram ao menos três mortos e dezenas de feridos no país nos últimos quatro dias.
A Justiça pediu sua prisão preventiva na quinta-feira (13), e o opositor, cujo paradeiro é desconhecido, deve se entregar nesta terça-feira (18).
López afirma que fugir ou se esconder iria contra seu objetivo de buscar mudanças sociais e políticas na Venezuela.
"Hoje estamos em um momento crítico no país: temos a maior inflação da América Latina, faltam oportunidades, há medo, são 70 assassinatos impunes por dia essa é a realidade à qual as pessoas são submetidas todo dia", diz.
Mudança pacífica
O opositor defende ainda a mudança de forma pacífica, sem violência. Para ele, a violência vem de grupos armados apoiados pelo governo.
"Os protestos não são financiados de fora, como acusa o governo. Isso é falso. Eles vêm dos venezuelanos patriotas que veem um futuro negro para seu país".
López acusou ainda o governo de agir segundo os interesses de Cuba, China e Rússia, em vez de agir pelos venezuelanos.Ontem López convocou uma marcha pacífica até o Ministério da Justiça para esta terça.
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