Um ano após a tragédia imagens de reconstrução impressionam
Após o terremoto, seguido de tsunami, que deixou 19 mil mortos e desaparecidos, algumas regiões do país foram reconstruídas.
Prevenção
Japão investe mais de US$ 100 milhões por ano para tentar prever terremotos.
Problema
- A previsão de terremotos ainda é difícil para os cientistas - e talvez continue sendo por muito tempo. Ainda assim, o governo japonês investe mais de US$ 100 milhões por ano na tentativa de antecipar-se ao fenômeno, poupar vidas e minimizar danos.
Previsão
- O Instituto de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS, nas iniciais em inglês), um dos principais centros de conhecimento sobre o tema no mundo, é categórico ao assegurar que, da mesma forma que nunca na história nenhum cientista foi capaz de prever um grande terremoto, a ciência não deve desenvolver tão cedo nenhum método eficaz de antecipar abalos sísmicos.
Alegações
- Ao longo da história, muitos cientistas alegaram ter encontrado um meio "definitivo" de se prever terremotos com base em uma série de fatores, muitos deles hoje considerados fantasiosos. Desde tentativas de estabelecer padrões de atividade sísmica a alterações de nível de água em poços, de emissões de radônio e hidrogênio da terra até relações com as fases da Lua.
Risco
- Em janeiro passado, sismólogos da Universidade de Tóquio divulgaram um estudo no qual afirmam que um grande terremoto atingirá a capital japonesa em algum momento dos próximos quatro anos. Segundo os cientistas Shinichi Sakai e Naoshi Hirata, autores do estudo, a probabilidade seria de 70%.
Fonte: Agência Estado.
O Japão conseguiu se recuperar de boa parte dos choques econômicos trazidos pelo terremoto e pelo tsunami que atingiram o país em 11 de março do ano passado, mas agora precisará lidar com outros fatores prejudiciais ao crescimento, como a crise financeira na Europa e a rápida valorização do iene, que torna os produtos japoneses mais caros no mercado internacional.
Após oito anos de expansão, a economia do Japão encolheu de forma acentuada entre os anos de 2008 e 2009, sentindo os efeitos da crise financeira mundial, que atingiu principalmente as nações desenvolvidas.
Em 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) japonês voltou a crescer, havia amplas expectativas de que a trajetória de recuperação seria mantida. O desastre natural e nuclear que atingiu o país, entretanto, cobrou seu preço: a economia do país encolheu 0,9%, em grande parte por causa do terremoto e do tsunami, que mudaram completamente o cenário observado até aquele momento.
As regiões mais atingidas, no litoral leste do Japão, representavam apenas 2,5% de toda a economia japonesa segundo dados do governo. Apesar disso, houve impactos significativos sobre a indústria local.
O segmento mais atingido foi o automotivo. Vários fornecedores de autopeças tiveram de interromper as atividades e uma fábrica da Nissan na cidade de Iwaki, com capacidade para produzir 370 mil motores por ano, foi severamente danificada, levando cerca de dois meses para voltar a operar com força total. A Toyota, que produz metade de seus veículos no Japão, também foi prejudicada.
Outro fator que contribuiu para desacelerar a economia do país foram os cortes de eletricidade provocados direta e indiretamente pelo derretimento de três reatores na usina nuclear Daiichi, em Fukushima. O evento impediu a unidade de gerar energia e resultou no vazamento de material radioativo, levando as autoridades japonesas a ordenarem a interrupção das atividades em outras usinas para inspeções de segurança.
Apesar disso, "a economia japonesa está superando a turbulência causada pelo terremoto de 11 de março e pelos problemas com o fornecimento de eletricidade subsequentes", de acordo com um relatório elaborado por analistas do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ.
Segundo eles, o PIB do Japão teve uma recuperação significativa no terceiro trimestre do ano passado e voltou a encolher nos últimos meses de 2011 basicamente por causa da desaceleração da economia mundial e da apreciação do iene.
Para analistas do banco Nomura, uma piora na crise das dívidas soberanas da Europa poderia afetar o crescimento do Japão, mas há alguns fatores que podem dar suporte à expansão do país no primeiro semestre deste ano.
"Achamos que a recuperação no Japão desacelerou acentuadamente desde meados do ano passado por causa da escassez de eletricidade e também porque levou tempo para a demanda da reconstrução surgir", afirmaram, acrescentando que ainda havia entulho sendo removido das áreas destruídas e que houve demora na aprovação dos planos de investimento público nessas regiões. "O crescimento na produção de automóveis deve ajudar a economia do Japão no primeiro semestre de 2012, assim como a demanda gerada pela reconstrução", preveem os economistas do Nomura.
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