Palestinos pedem o fim dos assentamentos de Israel na Cisjordânia durante protesto em Foz do Iguaçu| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Moradores de Foz do Iguaçu fizeram no final da tarde de ontem uma manifestação pacífica na Praça das Nações, área central da cidade, em defesa da criação do Estado palestino. O protesto, realizado em vários países, reforçou o apelo para o reconhecimento da nação palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que será aberta hoje.

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O ato reuniu centenas de crianças, mulheres, jovens, líderes religiosos e representantes da comunidade palestina da cidade. Com bandeiras, os manifestantes usaram argumentos para ressaltar a importância da iniciativa, proposta pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Mahmoud Abbas. Os árabes criticam a posição dos Estados Unidos que fazem lobby para que sejam retomadas as negociações de paz com Israel. Os Estados Unidos argumentam que não é possível criar um Estado palestino sem um acordo de paz com Israel.

O xeque Mohsin Alhassani, diretor do Centro Islâmico, diz que é direito de qualquer pessoa viver tranquilamente e ser livre. "A identidade surge quando se tem um país, um território e uma bandeira", diz.

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Alhassani elogiou e posição da presidente Dilma Roussef, que defendeu a criação do Estado palestino e criticou o presidente Barack Obama. Segundo ele, a política de Obama não difere daquela adotada pelo ex-presidente George W. Bush. Para o xeque a esperança de um desfecho positivo é grande.

O comerciante Mohamad Hassan, 66 anos, um dos primeiros palestinos a chegar em Foz do Iguaçu, por volta de 1968, quer um basta à ocupação de Israel. "Mais do que nunca chegou a hora de aprovar. Chega de 44 anos de ocupação", diz.

Em Foz do Iguaçu vivem cerca de 200 palestinos, entre imigrantes e descendentes. São cerca de 50 famílias cuja maioria trabalha no setor comercial.

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