Quase duas décadas após iniciarem um histórico processo de paz com Israel, os palestinos se preparam nesta sexta-feira para agir por outra via, pedindo na ONU o reconhecimento da Palestina como um Estado independente. O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, rejeitou uma intensa pressão liderada pelos Estados Unidos esta semana, mantendo a ideia de fazer o pedido ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, como planejado.
Os EUA já prometeram vetar qualquer iniciativa nesse sentido no Conselho de Segurança. Como membro permanente, os EUA têm poder de veto nesse órgão. Israel também defende uma saída para as diferenças com os palestinos apenas através do diálogo bilateral e o governo israelense reforçou a segurança temendo distúrbios.
A maioria dos membros da ONU, porém, apoia a iniciativa dos palestinos. Em Israel, 22 mil policiais reforçam a segurança, a fim de responder a qualquer distúrbio resultante do pedido palestino na ONU. As forças foram enviadas para o limite entre Israel e a Cisjordânia, para Jerusalém Oriental e para o entorno de cidades árabes israelenses. O Exército também enviou reforços para a Cisjordânia.
A polícia permite nesta sexta-feira apenas a entrada de homens com mais de 50 anos na mesquita de Al-Aqsa, tradicional foco de protestos. Além disso, é preciso mostrar uma identidade concedida pelos israelenses para entrar na área.
Mais cedo nesta semana, dezenas de milhares de palestinos protestaram pela Cisjordânia em apoio à campanha na ONU. Funcionários palestinos prometem que as marchas e protestos desta sexta-feira serão pacíficos e permanecerão dentro das áreas controladas por eles. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura