Autoridades islâmicas, descontentes com as afirmações feitas pelo Papa Bento XVI durante sua viagem à Alemanha encerrada nesta quinta-feira, pediram que o Pontífice se desculpe por seus comentários.
Bento XVI afirmou, entre outras coisas, que "a violência da jihad no Islã contrasta com a natureza de Deus e da alma".
O presidente de Assuntos Religiosos da Turquia, Ali Bardakoglu, se referiu nesta quinta à tese "Lectio Magistralis" lida pelo Papa terça-feira na Universidade de Regensburg, Alemanha.
- Li esta manhã as notícias sobre o discurso do Papa com surpresa e horror. É um discurso muito provocador, hostil e prejudicial. Espero que o discurso não reflita uma hostilidade abrigada no interior do Papa - afirmou Bardakoglu, considerado a máxima autoridade do Islã na Turquia.
O Vaticano disse na quinta-feira que o Pontífice não teve a intenção de ofender o Islã.
"Certamente, não foi a intenção do Santo Padre fazer um estudo aprofundado da jihad e do pensamento muçulmano, menos ainda ofender a sensibilidade da fé muçulmana", disse a assessoria de imprensa do Vaticano em um comunicado.
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