| Foto: Andrés Cristaldo/EFE

O papa Francisco colocou em prática um dos temas que mais tem defendido: os pobres não devem ser deixados à margem da sociedade. Neste domingo, ele visitou uma favela na periferia de Assunção, capital do Paraguai, no fim de sua viagem a três países na América do Sul.

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Os moradores de Banado Norte às margens do rio Paraguai festejaram quando o papa caminhou pela comunidade e buscaram tocar em sua batina branca e tirar fotos com seus celulares.

“Agora posso morrer em paz”, afirmou Francisca de Chamorra, uma viúva de 82 anos que mudou-se para a favela em 1952. “É um milagre um papa vir a esse lugar lamacento”, completou.

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O Papa Francisco despendeu boa parte da semana passada falando das injustiças do capitalismo global que, na avaliação dele, valoriza mais o dinheiro do que as pessoas. Ele afirmou que é necessário um novo modelo econômico, no qual os recursos naturais são distribuídos igualmente entre todos.

As autoridades do Paraguai estimam que cerca de 15 mil famílias vivem em Banado Norte em extrema pobreza, a qual é periodicamente exacerbada com as fortes chuvas que levam ao transbordamento do Rio Paraguai e à transformação de ruas e estradas em piscinas de lama intransitáveis.

Em sua viagem, o Papa conclamou os líderes a fazer mais a favor do desenvolvimento e do bem-estar social. “Colocar pão à mesa, dar um teto para as crianças, saúde e educação são questões essenciais para a dignidade humana. Homens e mulheres de negócios, políticos, economistas devem se sentir desafiados a levar isso em consideração”, disse o Papa na noite de sábado para um grupo de líderes empresariais, políticos, sindicalistas. “Peço para não priorizar um modelo econômico, que precisa sacrificar vidas humanas em prol de dinheiro e lucro”, afirmou.

Depois de visitar Banado Norte, Papa Francisco irá celebrou uma missa a céu aberto em uma área fora de Assunção. Antes de retornar a Roma, irá encontrar jovens.

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