Papa Francisco saudando os fiéis depois de entregar o Urbi et Orbi, mensagem e bênção aos fiéis, após a missa de Páscoa na Praça de São Pedro| Foto: EFE
Papa celebra a missa de Páscoa
Papa Francisco chega para celebrar a Santa Missa de Páscoa na Praça de São Pedro
Papa Francisco recebeu uma camisa do San Lorenzo de Almagro, time de futebol argentino, no final da Santa Missa de Páscoa na Praça de São Pedro
Visão geral que mostra o papa Francisco entregar o Urbi et Orbi mensagem e bênção aos fiéis após a missa de Páscoa na Praça de São Pedro
O papa felicitou a multidão presente na praça de São Pedro e deu a bênção Urbi et Orbi apenas em italiano
O papa Francisco, de 76 anos, rezou a missa sozinho
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O papa Francisco pediu neste domingo (31) a paz para o mundo, "ainda tão dividido - disse - pela cobiça dos que buscam fáceis lucros, ferido pelo egoísmo que ameaça a vida humana e a família, desgarrado pela violência ligada ao tráfico de drogas e a exploração iníqua dos recursos naturais".

Em sua primeira mensagem de Páscoa como pontífice, o papa implorou a paz especialmente para a Síria e a península coreana, onde ocorrem momentos de tensão e preocupação internacional após a Coreia do Norte ter se declarado em "estado de guerra" com a Coreia do Sul e ameaçado atacar inclusive os Estados Unidos.

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Para cerca de 250 mil pessoas que lotaram em uma manhã ensolarada, embora com algumas nuvens, a praça de São Pedro do Vaticano e as ruas anexas, o papa expressou sua satisfação por ter começado seu pontificado com a Semana Santa "e poder anunciar-vos: Cristo ressuscitou".

"Queria que chegasse a todos os corações, porque é lá que Deus quer semear esta Boa Nova: Jesus ressuscitou, uma esperança despertou para ti, já não estás sob o domínio do pecado, do mal! Venceu o amor, venceu a misericórdia!", afirmou.

O Bispo de Roma ressaltou que a ressurreição de Cristo significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e a própria morte e que a Páscoa é a passagem do homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor e a bondade.

O pontífice acrescentou que essa passagem da escravidão do mal à liberdade do bem deve ser colocada em prática em nossa vida cotidiana.

"Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Mas a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos", declarou.

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O pontífice convidou os fiéis a transformar suas vidas e a cuidar de toda a criação e fazer florescer a justiça e a paz, lhes exortou a pedir a Jesus que transforme o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz.

Francisco falou sobre a situação do planeta e pediu paz na península coreana, "para que sejam superadas as divergências e amadureça um renovado espírito de reconciliação".

O papa pediu também paz entre israelenses e palestinos, "que têm dificuldades - disse - para encontrar o caminho da concórdia, para que retomem as negociações com determinação e disponibilidade, a fim de pôr fim a um conflito que já dura tempo demais".

"Paz para o Iraque, e que cesse definitivamente qualquer violência, e, sobretudo, para a amada Síria, para sua população afetada pelo conflito e os tantos refugiados que estão esperando por ajuda e consolo. Quanto sangue derramado! E quanta dor há de ser causada ainda, antes que se consiga encontrar uma solução política para a crise?", questionou.

Em relação à África, Francisco pediu paz para o Mali, "para que volte a encontrar unidade e estabilidade", e para a Nigéria, "onde infelizmente não cessam os atentados, que ameaçam gravemente a vida de tantos inocentes, e onde muitas pessoas, inclusive crianças, que estão sendo reféns de grupos terroristas".

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Além disso, o pontífice pediu paz para a República Democrática do Congo e a República Centro-Africana, onde muitos se veem obrigados a abandonar seus lares e vivem com medo.

Concluída a mensagem, o papa concedeu a bênção "Urbi et Orbi", à cidade de Roma e a todo o mundo, apenas em italiano, ao contrário de seus antecessores João Paulo II e Bento XVI, que o faziam em 65 idiomas, entre eles o português.

Antes da mensagem, Francisco oficiou a Missa da Ressurreição na praça vaticana, enfeitada com 40 mil flores de várias cores procedentes da Holanda, que a transformaram em um jardim.

O Bispo de Roma celebrou a missa poucas horas depois de, à meia-noite, ter realizado a Vigília Pascal, na qual disse que a ressurreição de Cristo é a vitória sobre o mal e convidou os que são "indiferentes" perante Deus "que arrisquem, já que não ficarão decepcionados".

O papa afirmou também que não há situações que Deus não possa mudar e que não há pecado que não possa ser perdoado se nos abrimos a Ele e que por isso não devemos perder a confiança.

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A mensagem de Páscoa pôs fim aos ritos da Semana Santa. O papa voltará amanhã à Praça de São Pedro para rezar ao meio-dia o Regina Coeli, que substitui o Ângelus no tempo de Páscoa.

Papa celebra a missa de Páscoa