O Paquistão não forneceu proteção adequada à ex-primeira-ministra Benazir Bhutto nem investigou corretamente o assassinato dela, em dezembro de 2007, além de ter tentado atrapalhar as investigações das Nações Unidas, disse o inquérito da ONU divulgado na quinta-feira.
O relatório de 65 páginas mostra que a comissão da ONU considera "deliberada" a falha das autoridades na investigação do crime, e acrescenta que o trabalho dos investigadores internacionais foi "severamente embaraçado" por agências de inteligência e funcionários do governo.
Bhutto foi morta num atentado após um comício, semanas depois de voltar de um autoexílio de oito anos.
"Embora ela tenha morrido quando um suicida-bomba de 15,5 anos detonou seus explosivos perto do veículo dela, ninguém acredita que esse menino tenha agido sozinho", disse o relatório.
"A comissão ficou perplexa com os esforços de certas autoridades paquistanesas de alto escalão para obstruir o acesso a fontes militares e de inteligência."