No início da semana, foi divulgado que um canadense de 15 anos, William Gadoury, poderia ter descoberto uma cidade maia esquecida. Por meio de estudos de astronomia dos povos maias e imagens de satélite, o jovem utilizou o Google Earth para chegar a uma floresta na região de Yucatan, no Sul do México. Segundo as pesquisas do garoto, no local teria existido um povoado pré-colombiano, com pirâmide e até ruas.
Apesar de a teoria de Gadoury ter recebido certo apoio no meio científico, antropólogos começaram a se manifestar de forma contrária à história, sob a justificativa de que seria raso afirmar que o local tivesse abrigado, de fato, uma população, sem antes haver uma longa pesquisa de campo.
Segundo o jornal The Washington Post, o professor da Universidade do Sul da Califórnia Thomas Garrison disse que o lugar era provavelmente uma plantação de milho, “que deve estar abandonada há 10 ou 15 anos”.
Para (tentar) enterrar a história de vez, surgiu Geoffrey E. Braswell, antropólogo da Universidade da Califórnia. Ao ler as notícias sobre a “descoberta” da cidade maia, Braswell percebeu que o lugar lhe era bastante familiar. Ocorre que o antropólogo já visitara o local com seus alunos para realizar pesquisas em um sítio arqueológico próximo, remanescente do período colonial mexicano. Segundo o professor, o campo realmente é uma plantação, mas não de milho, e sim de maconha – o que explicaria, afinal, o fato de o local ser tão escondido.
Colaborou: Mariana Balan.
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