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Oposição

Partidários de premiê interino vão às ruas contra o Hezbollah no Líbano

Centenas de seguidores do primeiro-ministro interino do Líbano, Saad al Hariri, fizeram nesta terça-feira (25) um protesto no norte do Líbano contra a provável nomeação de Najib Mikati, apoiado pelo Hezbollah, para formar o novo governo.

Os partidários de Hariri convocaram um "dia de fúria" depois que o Hezbollah e seus aliados conseguiram apoio para a nomeação de Mikati. Hariri foi derrubado do cargo há duas semanas, quando o governo de união nacional perdeu o apoio do Hezbollah.

O grupo ficou indignado com a possibilidade de partidários seus serem indiciados pelo tribunal internacional que investiga a morte do pai do premiê, Rafik al Hariri, assassinado em 2005.

"O sangue sunita está fervendo", gritavam alguns manifestantes, queimando fotos de Mikati (que é sunita), e agitando as bandeiras azuis do Movimento Futuro, de Hariri, que promete não participar de nenhum governo que seja dominado pelo Hezbollah, um grupo xiita.

Pelo sistema libanês de partilha de poderes, o primeiro-ministro do país é sempre sunita, e os seguidores de Hariri dizem que um político que aceitar uma indicação do Hezbollah para formar o novo governo deve ser considerado traidor.

Na zona sul de Beirute, manifestantes bloquearam uma estrada com pneus em chamas e viraram caçambas de lixo. Uma fonte da área de segurança disse que o Exército interveio, e que tiros foram disparados para o alto. Não houve registro de feridos.

O presidente do Líbano, Michel Suleiman, que é cristão, iniciou na terça o segundo dia de consultas aos parlamentares para nomear um novo primeiro-ministro. Mikati conseguiu apoio do líder druso Walid Jumblatt, e na terça-feira conseguiu outro aval importante, do político sunita Mohammed Safadi.

O impasse político aprofunda as divisões sectárias no Líbano, e os seguidores de Hariri já haviam protestado em várias cidades na segunda-feira, queimando pneus e bloqueando ruas.

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