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Morte de Osama

Pentágono se nega a liberar fotos de Bin Laden

O Departamento de Defesa dos EUA se recusou a fazer uma análise rápida de um pedido para que libere ao público as fotografias do líder terrorista Osama bin Laden, feitas pela equipe de soldados que o matou. A recusa deverá levar a uma prolongada batalha nos tribunais.

Em carta à Associated Press, o Pentágono disse que a agência de notícias não mostrou ter uma necessidade "urgente ou convincente" pelas fotos. Com isso, não está claro se ou quando elas serão liberadas.

A discussão sobre se as fotos devem ser tornadas públicas começou desde o anúncio da morte de Bin Laden. O presidente Barack Obama decidiu não liberá-las por acreditar que elas alimentariam o sentimento antiamericano no exterior.

Funcionários do governo dos EUA e membros do Congresso norte-americano a quem as fotos foram mostradas disseram que algumas delas são impressionantes; o líder terrorista foi morto com dois tiros, um na cabeça e outro no peito, no dia 2 de maio em uma casa em Abbotabad, no Norte do Paquistão, por uma equipe da unidade de forças especiais Seal, da Marinha dos EUA.

A AP solicitou a liberação acelerada das fotos pela lei conhecida como Foia (Freedom of Information Act, ou Lei de Liberdade de Informação), argumentando que elas são de interesse público. Como Obama havia prometido fazer de seu governo o mais transparente da história dos EUA, os esforços da AP e de outros órgãos de imprensa pela liberação das fotos de Bin Laden é um teste para esse compromisso do presidente.

Ontem, a organização não-governamental Judicial Watch abriu um processo judicial contra o Departamento de Defesa, depois de o órgão dizer que não vai atender em 20 dias um pedido do próprio grupo para que liberasse as fotos. O presidente do Judicial Watch, Tom Fitton, disse que "o povo americano tem o direito, por lei, de saber as informações básicas sobre a matança de Osama bin Laden. Incrivelmente, o governo Obama nos disse que não tem a intenção de cumprir a Lei de Liberdade de Informação; por isso, nós vamos aos tribunais".

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