A maioria dos trens e ônibus voltaram a funcionar e as escolas reabriram em Andhra Pradesh nesta segunda-feira, após três dias de violentos protestos contra um projeto do governo de dividir o Estado do sul da Índia

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Na semana passada, o governo federal anunciou o projeto de criar um novo Estado chamado Telangana no território onde atualmente é o norte de Andhra Pradesh.

Ativistas na região reclamam há anos que o local é subdesenvolvido e ignorado pelos poderosos políticos do sul de Andhra Pradesh. Movimentos exigindo um Estado separado surgem esporadicamente desde a década de 1950.

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A decisão deixou contentes os partidários da criação do Estado e provocou a raiva dos oponentes do projeto, que foram para as ruas, atearam fogo a ônibus e entraram em confrontos com a polícia por três dias.

Vinte dos 34 ministros e quase 140 dos 294 legisladores deixaram seus cargos, exigindo que o primeiro-ministro Manmohan Singh reverta a decisão de dividir o Estado.

Um dos fatores que levou aos protestos foi a confusão sofre o futuro de Hyderabad, a capital do Estado e sede de várias empresas multinacionais, que ficaria em Telangana. Não há uma decisão oficial ainda sobre se Hyderabad seria parte do novo Estado, do velho, ou será uma capital conjunta.

Nesta segunda-feira, a polícia dispersou cerca de 400 estudantes que bloquearam uma rodovia interestadual na cidade de Anantpur durante o final de semana e permitiram que o tráfego fluísse. A maioria dos ônibus e trens voltaram a funcionar em todo o Estado e o comércio reabriu.

As autoridades detiveram L.R. Rajagopal, integrante do Parlamento nacional, quando ele pousava no aeroporto de Hyderabad para iniciar uma greve de fome da câmara estadual. O inspetor geral de polícia A.R. Anuradha disse que o político foi detido para que não perturbasse a paz.

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Quando as notícias sobre a prisão de Rajagopal chegaram à sua cidade natal, Vijaywada, centenas de pessoas saíram às ruas, bloquearam o trânsito e gritaram slogans exigindo sua libertação

Um legislador de oposição, D. Umamaheshwar Rao, manteve sua greve de fome pelo segundo dia em Vijaywada.

A decisão do governo deu esperanças a pequenos grupos étnicos em toda a Índia. Há anos esses grupos lutam pela criação de Estados próprios.