Manifestantes anticapitalistas entraram em choque com policiais na quarta-feira (6), ferindo oito deles, enquanto tentavam bloquear rotas de acesso à cúpula do G-8 que acontece no norte da Alemanha. O ato marcou o primeiro dia oficial do encontro entre os representantes dos sete países mais industrializados do mundo (Japão, EUA, Alemanha, Itália, Canadá, Grã-Bretanha e França) e mais a Rússia.

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A polícia usou canhões de água para afastar os manifestantes. Delegados de vários dos países do G-8 disseram que os protestos estavam prejudicando sua capacidade de se locomover pela região do encontro, um balneário localizado na costa da Alemanha banhada pelo mar Báltico.

Oito policiais ficaram feridos durante os conflitos com os manifestantes perto da cidade de Bad Doberan, disse Luedger Behrens, porta-voz das forças de segurança. A polícia usou "canhões de água duas vezes depois de os manifestantes terem jogado pedras contra os policiais", afirmou.

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Segundo as forças de segurança, 15 manifestantes tinham sido detidos.Os protestos na área de Bad Doberan tentavam impedir o acesso ao hotel de luxo do balneário de Heiligendamm onde se reuniam líderes do G-8.

"Estamos presos aqui agora. Toda a área parece estar cercada", afirmou por meio de um telefone o membro de uma das delegações.

Akie Abe, mulher do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, viu-se obrigada a cancelar uma visita que faria ao balneário vizinho de Kuehlungsborn devido às manifestações, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país asiático.

Dezenas de manifestantes impediram a passagem de um trem histórico usado para transportar jornalistas no trajeto entre o local da cúpula e o centro de mídia em Kuehlungsborn.

Como alternativa, os organizadores do encontro tentaram mobilizar barcos para levar os jornalistas ao longo da costa. Mas os manifestantes bloquearam brevemente o acesso aos barcos também.

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Segundo Behrens, cerca de 10 mil manifestantes violavam uma proibição de realizar protestos na área e corriam o risco de serem detidos.

Forças de segurança compostas por cerca de 16 mil integrantes encontravam-se na região. Os líderes dos países participantes do encontro estavam protegidos dos milhares de manifestantes por uma cerca de 12 quilômetros de extensão feita de concreto e arame farpado.

Vários manifestantes usando máscaras e capuz se armaram com alicates e cortavam uma outra cerca de arame farpado colocada pela polícia perto do muro de segurança.A Justiça alemã condenou à prisão vários dos envolvidos nos choques com a polícia ocorridos no sábado, na cidade vizinha de Rostock, onde, segundo as forças de segurança, quase mil pessoas ficaram feridas quando a violência explodiu em meio a uma demonstração.