O senador por IllinoisBarack Obama foi aclamado nesta quarta-feira (27) candidato do Partido Democrata à Presidência dos EUA.
A oficialização ocorreu depois que, diante dos delegados reunidos na convenção do Partido Democrata em Denver, no Colorado, a pré-candidata Hillary Clinton pediu aos seus companheiros que deixassem de lado a votação e escolhessem Obama por aclamação.
Com isso, Obama entra para a história como o primeiro candidato negro a ser oficialmente indicado por um dos dois grandes partidos para disputar a Presidência dos EUA.
Agora, ele deve disputar contra o provável candidato do Partido Republicano, John McCain, em 4 de novembro, para saber quem vai suceder o presidente George W. Bush.
Mais cedo nesta quarta-feira, Hillary havia autorizado seus delegados a votarem em Obama pela indicação democrata à Casa Branca durante a convenção democrata em Denver (Colorado, oeste dos EUA).
"Estou aqui hoje para lhes devolver a liberdade", declarou a senadora após uma reunião com seus delegados, pouco antes do início da votação que aclamou Obama. "Não estou dizendo o que têm que fazer. Vocês vieram de muitos lugares diferentes, fizeram esta viagem e sabem o que sentem que é certo fazer", afirmou a ex-primeira-dama sobre o que disse a seus delegados depois de se reunir com eles.
Vários gritos de "não" soaram entre a multidão de cerca de três mil pessoas, entre elas dois mil delegados, quando Hillary anunciou que dava liberdade de voto a seus representantes.
Como fez em seu discurso de terça à noite na convenção, a senadora insistiu na mensagem de unidade do partido para derrotar os republicanos nas eleições presidenciais de novembro.
Na noite de terça, Hillary já havia dito: "Barack Obama é meu candidato", diante das cerca de 25 mil pessoas reunidas no Pepsi Center de Denver, onde acontece desde segunda a convenção democrata.
Obama precisa do voto dos cerca de 18 milhões de eleitores de Hillary se quiser conquistar a Casa Branca no início de novembro.
Discurso de Hillary
Hillary pediu aos democratas em discurso na terça-feira que se unam em torno de Obama, lembrando que, apesar da rivalidade durante as primárias, os dois estão no "mesmo time".
"Barack Obama é meu candidato e será nosso presidente", disse.
"Não importa se votaram em mim ou em Barack, chegou o momento de nos unirmos, como um só partido, com o único objetivo de eleger Obama presidente dos Estados Unidos", disse a senadora.
"Quando Obama estiver na Casa Branca, ele revitalizará nossa economia, defenderá os trabalhadores americanos e enfrentará os desafios mundiais de nossa época. Os democratas sabem como fazer isto. Eu me lembro do que o presidente Clinton e os democratas já fizeram, e o presidente Obama e os democratas farão mais."
Homenagem a Michelle
A senadora por Nova York também homenageou Michelle, a mulher de Obama, e o vice da chapa democrata, Joe Biden.
Barack Obama tem "uma parceira fantástica em Michelle Obama". Quem escutou "o discurso de Michelle na noite de ontem sabe que ela será uma grande primeira-dama para a América".
"Os americanos também terão a chance de ver Joe Biden ao lado de Barack Obama". Biden "é um líder firme e um homem de bem (...) Ele é pragmático, forte e prudente".
A ex-primeira-dama, que manteve uma ácida disputa com Obama durante as primárias do Partido Democrata, destacou que os americanos "não suportaram os últimos oito anos" de governo do presidente George W. Bush para sofrer mais com a "liderança fracassada" do Partido Republicano.
Nesta quarta-feira, as estrelas da convenção democrata são o ex-presidente Bill Clinton e Joe Biden, provável candidato a vice na chapa democrata
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