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Dispositivo de gás lacrimogêneo usado contra os protestantes em uma praça de Manama, no Bahrein | James Lawler Duggan/Reuters
Dispositivo de gás lacrimogêneo usado contra os protestantes em uma praça de Manama, no Bahrein| Foto: James Lawler Duggan/Reuters

O Bahrein vive uma nova jornada de protestos políticos, com uma tentativa frustrada de greve geral convocada pela oposição, enquanto o povo espera o diálogo nacional convocado pelas autoridades.

Ontem, no início do dia, as escolas do Bahrein mantiveram suas portas fechadas e também foi possível notar uma paralisação parcial das empresas de serviços, além de alguns sistemas de transporte, mas a greve não conseguiu parar todo o país.

Mais tarde, União Geral dos sindicatos do Bahrein anunciou que retirava sua convocação para a greve geral, estimando que suas exigências – a retirada do Exército de Manama e o respeito ao direito de manifestação – foram cumpridas.

Enquanto isso, grupos de manifestantes continuam na praça Lulu, epicentro da revolta neste pequeno país do Golfo Pérsico, de 727 quilômetros quadrados e apenas 1 milhão de habitantes, metade deles estrangeiros.

Por outro lado, o povo espera o início do diálogo nacional com grupos da oposição, convocado pelo governo a fim de buscar uma solução para as exigências políticas apresentadas durante os protestos.

Esse diálogo, no entanto, não conta com a simpatia dos manifestantes que se encontram na Praça Lulu, e os principais grupos da oposição não disseram taxativamente se estão dispostos a participar dele, mas também não rejeitaram.

À parte da concentração na praça, não foram registradas manifestações na capital e em outras localidades do país.

Entre as reformas reivindicadas estão a eliminação do privilégio real para designar metade do Parlamento e a ampliação da participação política da maioria xiita, governada por uma minoria sunita.

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