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Oriente Médio

Repressão do governo causa morte no Iêmen

Cerca de 3 mil estudantes protestaram ontem na Universidade de Sanaa, na capital do Iêmen, pedindo a renúncia do presidente do país, Ali Saleh, que governa da Península Arábica há 32 anos e é um dos principais aliados dos Estados Unidos na guerra contra a Al-Qaeda. A polícia atirou e matou um manifestante no sul do país, em Áden, e a oposição prometeu que vai aderir aos protestos. Médicos e testemunhas confirmaram a morte, de modo que já são 11 pessoas na cidade desde 13 de fevereiro, de acordo com a AFP.

Um outro manifestante ficou ferido quando a polícia atirou gás lacrimogêneo para dispersar centenas de pessoas que foram às ruas no bairro de Sheikh Osman, em Áden, pedindo a saída de Saleh. Pelo menos 76 pessoas, inclusive sete soldados, ficaram feridas em Áden desde que os protestos começaram.

Na passeata de Sanaa, os estudantes carregavam placas com os dizeres "saia Ali, pelo bem das próximas gerações". A polícia acompanhava o protesto sem intervir. As manifestações contra o governo iemenita já duram 11 dias. No sábado, a polícia atirou contra manifestantes, matando uma pessoa e ferindo outras cinco. Desde o início dos protestos no país, sete pessoas foram mortas.

Cerca de cem apoiadores de Saleh realizaram um contraprotesto nas ruas do campus. A polícia colocou uma corda para separar os dois grupos. Manifestantes pró e contra Saleh entraram em conflito na última semana em Sanaa, com armas, bastões e pedras. Os protestos antirregime pedem que o presidente renuncie.

A oposição parlamentar do Iêmen afirmou ontem que vai aderir aos protestos nas ruas e não pretende retomar o diálogo com o regime.

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