O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, anunciou formalmente o fim das tentativas para formar o próximo governo nesta terça-feira (18), após o fracasso de semanas de negociações para uma coalizão, aumentando a possibilidade de uma fracionada administração interina que levará o país para uma nova eleição.
Davutoglu havia tentando encontrar um parceiro menor para uma coalizão desde que o partido AK perdeu sua maioria parlamentar em uma eleição em junho, deixando-o incapaz de governar sozinho pela primeira vez desde que chegou ao poder, em 2002.
O premiê oficialmente entregou seu mandato para o presidente turco, Tayyip Erdogan, durante uma reunião na capital, Ancara, informou o gabinete da Presidência em comunicado.
O porta-voz do AK, Besir Atalay, disse que o partido realizará um congresso em 12 de setembro. O encontro pode ser crucial para sua estratégia de entrar em uma nova eleição.
Erdogan pode, teoricamente, ceder o mandato para o Partido Republicano do Povo para formar o próximo governo. Este é o segundo maior partido do país, mas é improvável que seja capaz de chegar a um acordo para formar uma coalizão funcional antes do prazo de 23 de agosto.
Pela Constituição, se nenhum governo for formado até 23 de agosto, Erdogan precisa dissolver o gabinete provisório de Davutoglu e convocar um governo interino para levar a Turquia para uma nova eleição ainda neste ano.