"Ninguém pode evitar a execução" de Saddam Hussein, condenado à morte por enforcamento, afirmou nesta sexta-feira (29) o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, em um encontro com familiares de algumas vítimas do ex-ditador. "Depois que foi decidido pela corte, ninguém pode opor-se à decisão de executar o criminoso Saddam", disse Maliki. "Aqueles que rejeitam a execução de Saddam estão minando a dignidade dos mártires do Iraque".

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Saddam Hussein foi condenado à morte em novembro pelo Alto Tribunal Penal do Iraque, pela execução de 148 xiitas em Dujail (60 km ao norte de Bagdá) nos anos 80. Os advogados de Saddam foram convocados a recolher os objetos pessoais do ex-ditador. O Ministério da Justiça do Iraque negou que o ex-presidente esteja sob sua custódia e negou também a possibilidade de enforcamento do ex-ditador acontecer no sábado (30). Na quinta-feira (28), um alto representante do governo americano afirmou que a morte de Saddam aconteceria nesse dia.

Um advogado de defesa, que não quis ser identificado, disse que o ex-presidente havia sido transferido da custódia de forças dos Estados Unidos para o governo iraquiano, mas o Ministério da Justiça negou a informação. Um alta autoridade do Ministério da Justiça disse à agência Reuters que Saddam não será executado antes de 26 de janeiro, 30 dias depois de sua apelação ter sido rejeitada.

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Na terça-feira (26), o Tribunal Penal iraquiano ratificou a sentença de morte contra Saddam e dois de seus ex-colaboradores pelo caso de Dujail.

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