O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, afirmou no sábado que seu governo não vai ceder a pressões estrangeiras para reconhecer Israel e repudiar a violência apesar dos cortes nas ajudas internacionais que estão levando a Autoridade Palestina ao colapso financeiro.
Com Haniyeh se mantendo firme na sua recusa para moderar as políticas do movimento militante islamista Hamas, Israel aumentou a pressão com um segundo ataque aéreo mortal em dois dias contra militantes. Dois palestinos morreram na investida deste sábado.
Desde que assumiu o posto na semana passada, Haniyeh enfrentou violência com Israel assim como confrontos com a comunidade internacional sobre ajuda financeira e tensão com o presidente Mahmoud Abbas sobre seus poderes.
Os Estados Unidos e a Comissão Européia suspenderam a ajuda direta na sexta-feira ao novo governo de Haniyeh, liderado pelo Hamas, até que ele abandone a violência, reconheça o direito de Israel de existir a apóie as iniciativas de paz defendidas internacionalmente no Oriente Médio.
- As tentativas de abafar o governo têm um objetivo. (Mas) elas não vão conseguir concessões políticas de nós que vão prejudicar os direitos do povo palestino - afirmou Haniyeh na abertura de uma exposição de arte de crianças em Gaza.
O Hamas, movimento fundamentalista islâmico que prometeu a destruição de Israel e já promoveu vários ataques suicidas, obteve vitória nas eleições parlamentares em janeiro.