Beirute - O novo primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, apoiado pelo Hezbollah, prepara-se para as conversas sobre a formação de um governo no país bastante dividido politicamente.
A calma voltou às ruas libanesas, após violentos protestos no dia anterior nas ruas contra a nomeação. Mesmo assim, a coalizão 14 de Março, que apoia Saad Hariri, ex-primeiro-ministro e pró-ocidental, fez um apelo a seus partidários para realizarem protestos diários na Praça dos Mártires, no centro de Beirute. A 14 de Março pediu por protestos pacíficos.
O primeiro-ministro designado Najib Mikati, um moderado magnata do setor de telecomunicações, faria ontem visitas de protocolo a cinco de seus antecessores, antes de iniciar as conversas de hoje com os grupos parlamentares.
A segurança foi reforçada e várias escolas do Líbano, fechadas, mas o trânsito voltou ao normal após o dia de protestos de terça-feira, realizados por partidários do premier Saad Hariri, que está prestes a deixar o cargo.
Patrulhas
Tropas antidistúrbio patrulhavam as ruas de Beirute e da cidade portuária de Trípoli, no norte do país, um bastião sunita e cidade natal de Mikati, onde os protestos um dia antes tornaram-se violentos. Não houve mortes.
Ainda havia em Trípoli banners com a inscrição "Mikati, nomeado por Khamenei", em referência ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei.
Tanques foram enviados para as proximidades da casa e de escritórios de Mikati.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura