O governo mexicano deu por encerradas as desavenças diplomáticas entre o país e a Venezuela, que inclui a retirada de seus embaixadores e uma discussão pública entre os presidentes de ambos os países, Vicente Fox, e Hugo Chávez, respectivamente.
- Para nós este é um caso encerramo. Esperamos que nas próximas semanas ou meses as relações entre os dois países possam ficar menos tensas e alcancem sua melhor fase - disse o porta-voz da presidência do México, Rubén Aguilar.
Ele acrescentou que os desentendimentos com Caracas foram "lamentáveis" e que o governo do México não queria que eles tivessem acontecido.
- Não queríamos que fosse utilizada esta linguagem agressiva contra o governo e o povo do México por parte das autoridades venezuelanas - disse.
O porta-voz, no entanto, disse que agora é preciso virar esta página e que há coisas mais importantes para ser discutidas, como o Fórum para Cooperação Ásia-Pacífico (Apec), por exemplo.
Fox viajará nesta quarta-feira à Coréia do Sul para participar da reunião de líderes da Apec e defender o cenário de livre comércio, segundo fontes de seu governo.
Aguiar disse também que não tem mais nada a acrescentar ao que já foi dito por Fox ontem e pelo chanceler mexicano, Luis Ernesto Derbez, em relação à Venezuela.
Fox alertou, em declarações à rede de TV CNN que romperá totalmente às relações com a Venezuela caso as agressões continuem sendo feitas por parte de Chávez.
- Se continuarmos escutando o que temos ouvido, sim, com certeza - ratificou.
Fox e Chávez se enfrentaram em relação à criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e a situação se agravou quando o líder venezuelano acusou o mexicano de ser um cachorro do império e entreguista aos Estados Unidos.
O presidente do México também interpretou como um insulto a expressão de Chávez que disse que Fox não se metesse com ele, sob pena de sair ferido.