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Estado palestino

Presidente Abbas declara "Primavera Palestina"

Centenas de palestinos reunidos recebem o presidente Mahmud Abás em Ramala |
Centenas de palestinos reunidos recebem o presidente Mahmud Abás em Ramala (Foto: )

Milhares de palestinos cantando e agitando bandeiras receberam o presidente Mahmoud Abbas como herói na Cisjordânia neste domingo. Triunfante, o dirigente declarou à multidão que uma "Primavera Palestina" havia nascido após seu histórico discurso às Nações Unidas na semana passada. A popularidade de Abbas deu um salto desde que ele pediu à ONU, na sexta-feira, que reconheça a independência palestina, desafiando apelos de Israel e dos Estados Unidos para que retorne às negociações de paz. O pedido dele deixou a comunidade internacional sem saber como responder.

Milhares de pessoas lotaram as proximidades do escritório de Abbas na cidade de Ramallah em busca de avistar o presidente de 76 anos após seu retorno de Nova York. Abbas estava atipicamente animado, agitando as mãos e acenando para as pessoas. Ele comparou sua campanha à Primavera Árabe, as manifestações do mundo árabe em busca de liberdade, afirmando que um estado palestino independente é inevitável.

"Dissemos ao mundo que existe a Primavera Árabe, mas que a Primavera Palestina nasceu", disse ele. "Uma primavera popular, uma primavera populista, uma primavera de luta pacífica que vai alcançar seu objetivo." Abbas alertou entretanto que os palestinos enfrentam um "longo caminho" pela frente. "Existem aqueles que colocarão obstáculos...mas com sua presença eles cairão e nós alcançaremos nosso objetivo."

Os palestinos querem um estado independente na Cisjordânia, leste de Jerusalém e Faixa de Gaza, territórios capturados por Israel na guerra do Oriente Médio de 1967.

Israel afirma que está pronto para negociações de paz, mas rejeitou os pedidos palestinos para que interrompa a construção de assentamentos judeus em terras pedidas pelos palestinos. O primeiro-ministro israelenses, Benjamin Netanyahu, também rejeitou as exigências palestinas de que as fronteiras entre Israel e uma futura Palestina tenham como base as marcações anteriores à guerra. As informações são da Associated Press.

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