O presidente ucraniano, Petro Poroshenko (esq.), se reúne com o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Frans Timmermans (dir.), em Kiev| Foto: EFE/EPA/MYKOLA LAZARENKO

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou neste sábado (19) que solicitará judicialmente que as organizações separatistas pró-russas, das regiões orientais de Donetsk e Lugansk, sejam qualificadas como terroristas.

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O chefe de estado se reuniu com o ministro das Relações Exteriores holandês, Frans Timmermans, para ajudar no traslado dos corpos dos 192 cidadãos do país europeu que morreram após a catástrofe com o avião da Malaysia Airlines, que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur.

O chefe da diplomacia holandesa garantiu que seu país "não descansará até que os culpados" por derrubar o Boeing 777 sejam identificados e punidos.

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"E não me refiro só aos que apertaram o gatilho, mas também aos que o fizeram possível. Acho que a comunidade internacional deve se unir com esse objetivo", disse Frans Timmermans.

O ministro ainda mostrou preocupação diante das denúncias do governo ucraniano, de que 38 corpos teriam sido retirados do local do acidente e levados para a cidade de Donetsk, a 80 quilômetros do ponto de queda da aeronave.

"Estamos consternados perante as notícias que os corpos podem estar sendo transferidos. A população está revoltada com o que se ouve", disse o holandês.

Timmermans garantiu que a queda do Boeing malaio "abriu os olhos da Europa sobre o que realmente acontece na Ucrânia".

Neste sábado, o governo ucraniano acusou a Rússia de ajudar aos separatistas "a destruir as provas de um crime internacional" e cobrou medidas da comunidade internacional sobre a situação.

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O governo ucraniano e os rebeldes se acusam pela derrubada do avião malaio desde pouco depois da divulgação da tragédia. Kiev, além disso, acusou o governo russo de estar envolvido no ataque.

O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, negou as acusações da Ucrânia e acusou o governo de Kiev de mentir para exercer pressão sobre a investigação.