O presidente do Banco Central do Afeganistão, Abdul Qadir Fitrat viajou para os Estados Unidos e não deve retornar ao país, devido a receios sobre a sua segurança. No ano passado, ele abriu uma investigação sobre o Kabul Bank, o maior banco comercial afegão, que quase faliu, em meio a acusações de que seus donos usaram a instituição em benefício próprio e de políticos aliados.

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Fitrat deixou o Afeganistão há cerca de dez dias. Ele disse que sua vida estava em perigo e que o governo do presidente Hamid Karzai estava se recusando a processar os envolvidos no esquema de empréstimos fraudulentos. "Desde que eu divulguei essas práticas fraudulentas, no dia 27 de abril, no Parlamento, eu recebi informações sobre ameaças à minha vida", comentou.

Hoje, um porta-voz do governo afegão disse que o presidente do Banco Central não estava em perigo. Segundo o funcionário, Fitrat é apenas um "fugitivo". "Ele na verdade nunca falou a ninguém no governo que sua vida estava em perigo", afirmou Waheed Omer, em entrevista à France Presse. "Isto é basicamente uma fuga, não uma demissão. Os procedimentos formais não foram realizados. Ele está na lista dos responsáveis pelas irregularidades no Kabul Bank", acrescentou.

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O irmão do presidente afegão, Mahmoud Karzai, possuía uma participação no Kabul Bank, assim como o irmão do primeiro-vice-presidente do país, antes do banco ser colocado em liquidação. Os dois negam qualquer irregularidade.