O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, se comprometeu nesta quarta-feira a proteger a população do país e clamou pelo fim da violência étnica, após os últimos combates entre militares e rebeldes.

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Em comunicado, Kiir se mostrou "profundamente preocupado" pelo curso dos eventos e destacou que "pessoas inocentes foram assassinadas em uma luta pelo poder político que foi utilizada por alguns para buscar suas próprias ambições tribais".

O líder pediu às forças de segurança que se abstenham de ameaçar ou cometer abusos contra os cidadãos e garantiu que qualquer pessoa que assassinar um civil será levada à justiça. Além disso, presidente solicitou à população e, em particular, às forças de ordem, que rejeitem o que chamou de "tribalismo" e confiem na unidade do estado.

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Milhares de pessoas morreram e mais de 80 mil se viram obrigadas a se deslocar fugindo dos enfrentamentos que vêm acontecendo desde o último dia 15, segundo as Nações Unidas, que se negaram a classificado o ocorrido como conflito étnico e insistiram se tratar de uma luta pelo poder.

Kiir -da tribo Dinka - se disse disposto a dialogar "incondicionalmente" com seu principal adversário político, o ex-vice-presidente Riak Mashar - da Lou Nuer - para encontrar uma solução para crise.

No entanto, Mashar condicionou o diálogo à libertação de 11 políticos e militares detidos e a transferência deles para Adis-Abeba (Etiópia), onde as negociações poderiam ocorrer.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira pela imprensa sudanesa, 26 grupos de direitos humanos e da sociedade civil do Sudão e do Sudão do Sul pediram o fim da violência e o início do diálogo no segundo país.

Os grupos solicitaram a Kiir que liberte todas as pessoas detidas por expressarem opiniões políticas contrárias ao Governo e que comece um processo de reconciliação nacional com os rebeldes. Além disso, pediram ajuda à comunidade internacional para encontrar uma solução ao conflito e obter a assistência humanitária necessária para as pessoas afetadas pela violência.

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