A polícia da China percorreu fazendas do setor de laticínios e outras empresas do setor e prendeu 22 pessoas acusadas de envolvimento no escândalo do leite no país. Segundo a mídia estatal, os detidos são acusados de participar de uma rede que produzia, vendia e adicionava o produto químico melamina ao leite. Pelo menos quatro bebês morreram e mais de 54 mil crianças adoeceram por causa da contaminação
A polícia na província de Hebei apreendeu mais de 200 quilos de melamina durante as operações, informou a agência estatal Nova China. Segundo as autoridades, o componente era produzido em instalações clandestinas e vendido a fazendas de criação de gado e empresas de beneficiamento. Segundo a agência, 19 dos 22 detidos eram gerentes do setor. Não foi informado o local das prisões.
Segundo as autoridades, a melamina era acrescentada para fraudar testes de níveis de proteína. Com isso, era acrescentada água ao leite, que assim rendia mais. Porém a melamina pode até matar, caso seja consumida em grandes quantidades.
O escândalo veio à tona neste mês, quando autoridades informaram que o leite em pó da empresa Sanlu estava causando pedras nos rins em bebês. Testes revelaram a contaminação por melamina em diversos produtos que levam leite em sua fórmula, como doces e iogurtes. Vários países restringiram ou proibiram produtos chineses que contenham leite. Mianmar juntou-se nesta segunda-feira (29) ao grupo e proibiu produtos lácteos chineses de entrarem no país.
A Tatua, uma companhia do setor na Nova Zelândia informou que havia suspendido suas exportações. Também nesta segunda, a britânica Cadbury informou que testes haviam levantado "dúvidas" sobre a segurança de produtos da empresa feitos na China. Por isso seria realizado um recall dos produtos suspeitos.