A polícia indiana afirmou neste sábado (6) ter detido dois homens que teriam ajudado militantes de Mumbai a obter chips telefônicos usados para manter contato durante os três dias de ataques terroristas.

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A polícia da cidade de Kolkata, no leste da Índia, afirmou que deteve dois homens identificados como Tausif Rehman e Mukhtar Ahmed na sexta-feira (5), após investigadores terem rastreado chips usados nos celulares recuperados dos terroristas.

"Estamos interrogando eles sobre a mediação dos chips usados em Mumbai", afirmou à Reuters Jawed Shamim, vice-comissário dos detetives de Kolkata.

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As prisões são mais uma evidência de participação indiana nos ataques, os quais Nova Délhi atribuiu a militantes islâmicos do Paquistão, levantando tensões entre os países, que são antigos rivais e possuem armas nucleares.

Rehman usou a identidade de um parente já falecido para adquirir os 22 chips, que foram em seguida vendidos para Ahmed, disse Shamim. Ambos foram acusados de conspiração e falsificação.

Ahmed era um vendedor de rua e motorista de táxi em Kolkata, informou Shamim. Ele foi preso em Nova Délhi.

Shamim afirmou que não estava imediatamente claro como os chips foram entregues aos agressores. Os investigadores disseram que os militantes usaram os celulares para manter contato com seus comandantes no Paquistão durante o ataque, que durou 60 horas.

A polícia de Mumbai informou que os agressores eram controlados pelo grupo Lashkar-e-Taiba (LeT), com base paquistanesa e que foi culpado por ataques anteriores na Índia.

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O LeT está na lista de terroristas dos Estados Unidos e da Índia. A polícia indiana disse que dois de seus líderes, terroristas que foram reconhecidos por Washington em maio, coordenaram os ataques em Mumbai.

Em fevereiro, a polícia prendeu um cidadão indiano, identificado como Faim Ansari, que carregava mapas de Mumbai que detalhavam vários dos alvos atingidos posteriormente nos ataques.

Pelo menos 171 pessoas foram mortas na semana passada depois que dez homens armados atacaram dois luxuosos hotéis e outros marcos da capital financeira da Índia.