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Os primeiros centros de votação abriram neste domingo (16) na Venezuela, para as eleições que escolherão os governadores dos 23 Estados do país, mais 233 deputados estaduais. As eleições são consideradas cruciais tanto para o governo, que pela primeira vez não conta com a participação ativa do presidente Hugo Chávez, quanto para a oposição.

Pela primeira vez desde que venceu sua primeira eleição, em 1998 Chávez não participou da campanha dos candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). O presidente se encontra em Cuba, onde foi submetido esta semana à quarta operação como parte de sua luta contra um câncer.

As eleições deste domingo devem representar um teste-chave para mostrar se o Chavismo pode perdurar se o câncer do presidente for terminal.

Atualmente, o partido de Chávez não controla apenas oito dos 23 Estados. Caso essa maioria seja mantida, a votação poderia ajudar os aliados do presidente a aprofundar suas políticas socialistas.

O genro de Chávez, Jorge Arreaza, que também é o ministro de Ciência e Tecnologia, disse por telefone de Havana que o presidente pediu a seus partidários que compareçam às urnas. Segundo Arreaza, Chávez está com pleno domínio de suas faculdades mentais e tem conversado com crianças e recebido visitas diárias de Fidel Castro. Os aliados políticos do presidente, por sua vez, classificaram a eleição como um referendo ao legado de Chávez.

Para a oposição, as eleições podem determinar o destino de sua liderança. A disputa mais importante envolve o líder da oposição Henrique Capriles, que perdeu a eleição presidencial de outubro em uma disputa acirrada, e Elias Jaua, ex-vice-presidente de Chávez. Capriles concorre à reeleição como governador do Estado de Miranda. As informações são da Associated Press.

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