A maior guerrilha da Colômbia aceitou um protocolo com garantias de segurança por parte do governo para a anunciada libertação de dois militares sequestrados, em um processo que deve começar no sábado, disse na terça-feira a senadora que lidera a missão humanitária.
Apesar de o governo e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha terem firmado há mais de uma semana o protocolo de segurança, a demora na resposta das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) mantinha o processo paralisado.
"Estou muito feliz, já estamos na reta final para as libertações. Aceitado o protocolo, no sábado saímos em busca deles a partir de Villavicencio", anunciou a senadora do Partido Liberal Piedad Córdoba, por meio da rede social Twitter.
A dirigente política, que está à frente da missão humanitária que receberá o suboficial Pablo Emilio Moncayo, o soldado Josué Daniel Calvo e os restos do oficial de polícia Julián Ernesto Guevara, morto no cativeiro, viajará para o Brasil, país que emprestará os helicópteros e as tripulações para receber os reféns no meio da selva.
"Nunca pensei que fracassaria. Estávamos numa espera razoável da aceitação dos protocolos de segurança pelas Farc", acrescentou Córdoba.
O governo da Colômbia comprometeu-se a suspender as operações militares na região onde será feita a entrega, incluindo os sobrevôos de aeronaves das Forças Armadas.
A guerrilha exigiu o protocolo para evitar dificuldades como as ocorridas em fevereiro de 2009 com a libertação de quatro efetivos das Forças Armadas, operação que se atrasou e esteve à beira do fracasso em razão dos sobrevôos de aviões militares na região da entrega.
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