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Argentina

Protesto de caminhoneiros argentinos afeta movimento nos portos

Representantes do sindicato dos caminhoneiros da Argentina bloquearam nesta terça-feira (2) mais um terminal da Bunge, segundo informações dos jornais argentinos. Desta vez, no porto de Inginiero White, em Bahía Blanca. O grupo deu início aos protestos por ajustes nos preços pagos pela indústria à categoria há uma semana, quando paralisaram a movimentação desta indústria no porto General, em San Martín.

Segundo o site argentino Infocampo, especializado em noticiário sobre o agronegócio, a greve já está prejudicando o funcionamento do comércio de grãos na Argentina, porque os terminais da Bunge estão situados em portos nos quais circulam centenas de caminhões com destino a outros cerealistas e exportadores.

Os caminhoneiros ameaçam agora realizar os protestos em outras companhias do setor. "Começamos hoje (terça-feira) a paralisação em Bahía Blanca porque algumas empresas não querem reconhecer a infração cometida contra os trabalhadores", afirmou o líder do Sindicato de Caminhoneiros, Pablo Moyano.

Segundo Moyano, "muitos caminhoneiros estão trabalhando no vermelho e sem condições dignas de trabalho". Ontem, os representantes do sindicato deram início a negociações com as principais exportadoras da Argentina - entre elas, Nidera, Bunge Argentina, Cargill, Dreyfus, Molinos Río de la Planta e AGD - para solucionar a crise.

Os sindicalistas afirmam que a Bunge se recusa a cumprir um acordo firmado em 2006, no qual os caminhoneiros seriam incorporados como funcionários permanentes da empresa. Em nota, divulgada na última sexta-feira, a Bunge comunica que "jamais firmou acordos ou convênios de qualquer natureza com a esta entidade (sindicato), portanto não poderá cumprir o que não foi firmado".

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