Manifestantes contra o governo, vindos da região rural do centro da Tunísia, marcharam pela capital do país, Túnis, neste domingo. O protesto eleva a pressão pela renúncia do primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi.

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"O povo veio para derrubar o governo", gritavam centenas de manifestantes, durante a marcha no centro da capital. Algumas pessoas levavam fotos de algumas pessoas mortas pelas forças de segurança durante os protestos das semanas anteriores, que culminaram com a queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali, em 14 de janeiro. Ben Ali estava havia 23 anos no poder.

O novo governo de transição lançou medidas sem precedentes de liberdades democráticas, mas ainda é liderado pelo mesmo premiê, Ghannouchi, e outras velhas figuras do regime de Ben Ali mantiveram seus postos.

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A marcha é apoiada pelo Sindicato Geral dos Trabalhadores Tunisianos, conhecido pelo acrônimo francês UGTT. O sindicato teve importante papel nos protestos contra Ben Ali e se recusou a reconhecer o novo governo.

No sábado, milhares de pessoas participaram de protestos pacíficos contra o governo em Túnis. Assembleias públicas com mais de três pessoas estão oficialmente proibidas no país, sob estado de emergência. Além disso, há um toque de recolher em vigor durante as noites.

O toque de recolher foi relaxado em escolas e universidades, que estavam fechadas desde 10 de janeiro. Elas devem ser reabertas nesta semana.

Ghannouchi é o primeiro-ministro da Tunísia desde 1999. Ele prometeu deixar a política após as primeiras eleições democráticas no país do norte africano desde sua independência da França, em 1956. As informações são da Dow Jones.

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