Duas visitas do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na quinta-feira e no domingo, a uma cidade da Bolívia para verificar o avanço de obras civis financiadas por seu país foram motivo de protestos da oposição, que considera uma ofensa o fato de o mandatário entrar no país sem permissão.

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Chávez realizou as viagens para se encontrar com engenheiros e militares da Venezuela, que realizam a construção de um dique de 28 quilômetros de comprimento, confirmou o embaixador venezuelano em La Paz, Julio Montes.

O líder de Estado da Venezuela chegou no domingo ao aeroporto de Trinidad, capital do departamento amazônico de Beni, o que obrigou uma militarização do terminal aéreo, informou a mídia local.

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A primeira viagem do presidente a Trinidad, entretanto, ocorreu na quinta-feira, antes de ir para o Chile, para participar da XVII Cúpula Ibero-Americana, e teve o mesmo objetivo de averiguar o avanço das obras.

O senador Carlos Borth, do 'Podemos', a principal força de oposição, afirmou que é inaceitável que o presidente da Venezuela possa entrar na Bolívia sem pedir permissão ao legislativo.

A construção do dique, que começou em agosto e tem um custo de 13,5 milhões de dólares (cerca de 23,5 milhões de reais), é financiada por Caracas para proteger Trinidad, de cerca de 93.00 habitantes, de eventuais inundações nas temporadas de chuvas, e será concluída em agosto de 2008.