Canal RCTV da Venezuela sai do ar

Com lágrimas nos olhos, artistas, jornalistas e outros funcionários da emissora privada agradeceram ao público pelo apoio e por todas as demonstrações de solidariedade.

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A rede de televisão venezuelana RCTV exigiu do governo "regras claras" para a difusão de seus programas de TV a cabo enquanto as autoridades ameaçam proibir suas transmissões nesta quarta-feira a partir da meia-noite caso ela não se registre como produtora nacional.

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"Queremos que as regras sejam definidas, saber quais são as regras para trabalhar na Venezuela", declarou nesta quarta-feira Marcel Granier, diretor executivo da RCTV, à estação Union Radio.

A rede de televisão privada, fundada em 1953 e conhecida por sua linha editorial de oposição ao governo do presidente Hugo Chavez, desapareceu do cenário audiovisual venezuelano pela primeira vez em sua história no dia 28 de maio, quando as autoridades se negaram a renovar sua licença.

A RCTV retomou suas transmissões no dia 16 de julho na TV a cabo por meio de um canal de Miami (Flórida, Estados Unidos). Mas a rede se recusa a se registrar como produtora nacional, como exige a autoridade venezuelana das telecomunicações Conatel.

Se apresentando como uma rede de televisão internacional, cujas transmissões são recebidas também por várias ilhas do Caribe, a RCTV se nega a transmitir alguns programas oficiais da rede pública VTV (Venezuela Television), como as mensagens do presidente Chavez.

"O caráter repressivo e perseguidor dos meios empregados, o desejo de impedir as pessoas de saber o que acontece nas ruas, o fato de que não há jornalismo independente e que qualquer um que tenha a insolência de praticá-lo saiba que estará exposto a este tipo de represálias, se colocam em evidência", considerou Granier.

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Na tarde desta quarta-feira, um grupo de estudantes e jornalistas se reuniu diante da sede da Conatel para exigir a manutenção das transmissões da RCTV.