Rebelde pula de um tanque T-55 em Misrata. Combatentes avançam por Sirte, cidade natal do ditador Muamar Kadafi| Foto: REUTERS/Goran Tomasevic
Rebelde líbio deita em cama do ditador Muamar Kadafi dentro de airbus A340 no aeroporto de Trípoli
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Forças líbias convergiram na segunda-feira na cidade de Sirte, na esperança de selar sua revolução com a captura dos últimos bastiões do governante derrubado, mas talvez ainda perigoso.

O paradeiro de Kadafi é desconhecido desde que seus inimigos invadiram Trípoli há uma semana, levando ao colapso os 42 anos do regime dele.

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O Conselho Nacional de Transição (CNT) pediu à Otan que mantenha a campanha militar aérea iniciada há cinco meses, que foi crucial para impulsionar os rebeldes líbios à vitória contra Kadafi.

"Peço a continuada proteção da Otan e de seus aliados contra esse tirano", afirmou Mustafa Abdel Jalil, presidente do CNT, no Catar, numa reunião com ministros de Defesa de países que apoiaram a revolta. "Ele ainda é uma ameaça, não só para os líbios como para o mundo todo."

Um comandante da Otan prometeu manter a missão da aliança pelo menos até 27 de setembro, quando expira o mandato da ONU para ação militar.

"Acreditamos que o regime de Kadafi está perto do colapso, e estamos comprometidos em ver a operação chegar à sua conclusão", disse o almirante norte-americano Samuel Locklear, chefe do Comando de Operações Conjuntas da Otan, a jornalistas em Doha, capital do Catar.

"Os bolsões das forças pró-Kadafi estão sendo reduzidos a cada dia. O regime não tem mais capacidade de montar uma operação decisiva", afirmou ele, acrescentando que os bombardeios da aliança ocidental destruíram 5.000 alvos militares na Líbia.

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No domingo, pelo terceiro dia consecutivo, aviões da Otan bombardearam Sirte, na costa do Mediterrâneo, segundo um porta-voz da aliança em Bruxelas.

Kadafi nasceu em Sirte, 450 quilômetros a leste de Trípoli, em 1942. Depois de tomar o poder, em 1969, ele fez essa pacata aldeia de pescadores se transformar em uma cidade de 100 mil habitantes, que ele costumava usar em ocasiões de Estado.

Os líderes tribais de Sirte continuam a apoiá-lo. Mesmo sem estar claro se ele pretende montar uma resistência a partir de lá, a captura da cidade seria um prêmio simbólico e estratégico para os novos governantes.

A nova liderança diz que também há áreas ao sul, no meio do Saara, que ainda não estão totalmente sob seu controle.

O CNT ofereceu recompensa de 1,3 milhão de dólares e imunidade jurídica a quem matar ou capturar Kadafi.

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As forças do novo governo avançam rumo a Sirte a partir do leste e do oeste, embora a rendição da cidade continue sendo negociada.

Jamal Tunally, comandante militar em Misrata, a oeste, disse que "a linha de frente está a 30 quilômetros de Sirte".

"Achamos que a situação pode ser resolvida pacificamente, se Deus quiser. Agora só precisamos encontrar Kadafi", afirmou. "Acho que ele ainda está escondido em baixo (do complexo governamental de) Bab al Aziziya."