Rebeldes líbios não têm informações concretas sobre a localização de Muammar Kadafi ou de seus filhos, afirmou Mustafa Abdel Jalil, presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), neste sábado (27).
Combatentes rebeldes que assumiram o controle da capital líbia esta semana dizem que Gaddafi e seus filhos estão escondidos e ofereceram uma recompensa de 1,3 milhão de dólares e garantias contra processos legais para qualquer um que capturar ou matar o ex-líder líbio.
A agência estatal de notícias do Egito disparou nova rodada de especulações sobre o paradeiro de Kadafi quando divulgou que uma fonte rebelde líbia afirmou que um comboio de seis Mercedes-Benz blindadas cruzou da Líbia para a Argélia. O comboio, segundo a agência, poderia estar transportando Gaddafi.
Autoridades rebeldes e combatentes afirmaram em várias ocasiões que sabiam onde Gaddafi estava e que estavam monitorando o ex-comandante do país, mas essas afirmações acabaram se provando erradas.
"Não temos informação factual sobre o paradeiro de Kadafi e de seus filhos", disse Abdel Jalil.
Em comentários a jornalistas, ele afirmou que o conselho pode considerar convidar autoridades policiais de Estados árabes ou muçulmanos para ajudar na segurança da Líbia, mas que não queria a presença de forças policiais estrangeiras no país.
Ele afirmou ainda que qualquer um que tenha trabalhado em uma posição sênior para Kadafi e que não tenha aderido à causa rebelde até agora "não terá permissão para ter um lugar no futuro da Líbia, politicamente falando".
Comandantes rebeldes ainda negociam com forças leais a Gaddafi para tentar persuadi-las a entregar o controle de Sirte, cidade-natal de Kadafi situada a cerca de 500 quilômetros de Trípoli, disse Abdel Jalil.
- CNT garante que desconhece paradeiro de Kadafi
- CNT espera restabelecer em breve serviços e desembarque de ajuda humanitária
- Trípoli sofre com falta d'água enquanto rebeldes caçam Kadafi
- Rebeldes controlam cidade ao sul de Trípoli
- Emissora encontra 53 corpos em galpão na Líbia
- Mais de 30 navios com ajuda humanitária aguardam para atracar em Trípoli