Mais de 60% do eleitorado já participou do referendo que pode levar à independência do sul do Sudão, disseram autoridades locais na quarta-feira. Esse é o quórum mínimo para que a votação seja considerada válida.
Paralelamente, líderes do norte e do sul do Sudão convocaram duas reuniões para tentar resolver a onda de violência em regiões de fronteira, que já causaram pelo menos 46 mortes desde sexta-feira.
"Sei muito bem que, com três dias de votação, o limite de 60% foi ultrapassado", disse a jornalistas Anne Itto, do Movimento de Libertação do Povo do Sudão, que governa a região sul.
A comissão que organiza a votação não foi imediatamente capaz de confirmar na quarta-feira que esse limite foi alcançado. A votação começou no domingo e vai durar uma semana. Há ampla expectativa de que a maioria vote pela independência, mas os resultados preliminares estão previstos apenas para o começo de fevereiro.
O subdesenvolvido sul sudanês abrange um quarto do território do país, mas tem apenas 60 quilômetros de estradas pavimentadas.
O referendo é parte de um acordo, de 2005, que encerrou décadas de guerra civil entre o norte, de maioria muçulmana e árabe, e o sul, cuja população é principalmente cristã e animista, com afinidades com a África Subsaariana.