Na Justiça
Ex-ministros de Mubarak irão a julgamento
Os ex-ministros egípcios Habib al Adly, do Interior, e Zuhair Garana, do Turismo, que pertenciam ao gabinete do ex-ditador Hosni Mubarak deverão ser julgados por uma corte criminal por acusações de lavagem de dinheiro, segundo informou hoje a agência de notícias estatal Mena.
Garana é acusado ainda de uso indevido de verbas públicas e de possibilitar que terceiros se beneficiassem dos cofres públicos.
O procurador Abdel Hamid Mahmoud "emitiu uma decisão de transferir o ex-ministro do Interior Habib al Adli e ex-ministro do Turismo Zuhair Garana, para um julgamento criminal de urgência no Tribunal Penal do Cairo", disse a agência.
Ainda no dia 12 de fevereiro, a Justiça do Egito anunciou que alguns membros do antigo regime estavam impedidos de deixar o país.
"Para poder examinar as acusações, foi necessário implementar uma proibição de viagem para Habib el Adly, ex-ministro do Interior, Ahmed Nazif, ex-premier, e Anas el Fekky, atual ministro de Informação", disse a tevê estatal citando fontes do Judiciário.
Um grupo de manifestantes pediu ontem a destituição da monarquia governante do Bahrein, uma das demandas para que a revolta popular no pequeno país do Golfo Pérsico seja encerrada. Os protestos ocorrem no mesmo dia em que o opositor xiita exilado Hassan Mashaima, atualmente julgado à revelia por terrorismo, anunciou que voltará hoje ao país.
A tensão continua alta no Bahrein após uma semana de confrontos nos quais tropas de choque abriram fogo contra manifestantes que tentavam tomar o controle da Praça da Pérola, no centro da capital do país, Manama. Ao menos sete pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas.
O Bahrein tem importância particular para Washington por abrigar a quinta frota naval dos Estados Unidos, que é o principal contrapeso militar aos esforços do Irã de expandir suas forças armadas e alcançar o golfo.
O manifesto de ontem, feito por um grupo chamado Juventude de 14 de Fevereiro o dia das primeiras manifestações , aparentemente tenta mostrar uma postura intransigente antes possíveis negociações entre a oposição e a monarquia. "Demandamos a derrubada do opressivo regime Khalifa", diz o texto, referindo-se à família do rei Hamad Isa al Khalifa.
Marrocos
O governo do Marrocos afirmou ontem que pelo menos cinco pessoas morreram durante os protestos por reformas realizados na véspera, contrariando os relatos de que os atos promovidos são essencialmente pacíficos. Segundo o Ministério do Interior, cinco corpos carbonizados foram encontrados em um banco incendiado na véspera em Alhucemas (no norte), um tradicional reduto de opositores ao regime.
Outras 128 pessoas, na maioria membros das forças de segurança, ficaram feridas nos protestos que reuniram ao menos 37 mil pessoas em várias cidades marroquinas. Segundo o governo, 120 opositores foram detidos.
Ontem foram registrados novos atos opositores em algumas cidades após o anúncio das mortes.
Iêmen
O presidente iemenita, Ali Abdala Saleh, afirmou que uma mudança de regime no país "é inaceitável" e disse que quem está protagonizando os protestos políticos contra seu governo "são uma minoria".
Saleh fez suas declarações enquanto milhares de pessoas voltaram a protestar ontem diante da Universidade de Sanaa para exigir a queda do regime iemenita.
Os manifestantes, entre eles estudantes, deputados da oposição e ativistas, começaram a chegar ao local batizado de Tahrir (Libertação), em referência à praça que foi o epicentro dos protestos no Egito na noite de domingo.
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