A ministra do Interior britânica, Theresa May, anunciou nesta segunda-feira (24) novas medidas antiterroristas, uma vez que o nível de ameaça em setembro passou de "substancial" para "severo", que indica um ataque como muito provável.
As ações servirão para controlar suspeitos, fortalecer a vigilância online e prevenir empresas de seguro de pagar resgates de terroristas. A ministra aponta que o avanço do grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque deu "energia e um renovado propósito" aos radicais islâmicos na Grã-Bretanha, criando a ameaça "mais séria desde o 11 de setembro".
Segundo ela, as autoridades britânicas frustraram 40 planos terroristas desde os atentados de 7 de julho de 2005 no metrô de Londres, que matou 52 pessoas. Em um discurso em Londres, May disse que o novo plano - que será apresentado no Parlamento na quarta-feira (26) - dará à polícia e à guarda de fronteira o poder de confiscar passaportes e passagens de pessoas suspeitas de terrorismo.
As autoridades afirmam que mais de 500 britânicos lutaram na Síria. Alguns desses soldados serão temporariamente barrados de retornar, para garantir que só voltem aqueles que se adaptarem aos termos impostos.
A ministra do interior disse que o plano irá clarear a atual legislação em que companhias de seguro reembolsam famílias que pagaram resgates para libertar reféns de grupos terroristas. A Grã-Bretanha alega que pagar esses resgates colocam mais pessoas em perigo.
Além disso, provedores de internet terão que reter o IP (Protocolo de Internet), o endereço digital que identifica usuários de computadores individuais.