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Conflitos

Reino Unido enviará mais US$ 5 milhões para ajuda humanitária em Gaza

O Reino Unido destinará outros 3 milhões de libras (R$ 11,41 milhões, US$ 5 milhões) para tentar acelerar a resposta dos trabalhadores humanitários em Gaza, revelou neste sábado a ministra britânica de Cooperação Internacional, Justine Greening.

Ela afirmou que o conflito na Faixa de Gaza entre palestinos e israelenses "não se afasta de uma catástrofe humana".

Esta nova verba da Downing Street eleva o apoio humanitário do Reino Unido para o atual conflito a 13 milhões de libras (R$ 49,446 milhões).

"Os confrontos estão tirando as famílias de seus lares e o número de pessoas que buscam abrigo e segurança não para de crescer", apontou Greening.

A ministra lembrou que os 10 milhões de libras enviados nas últimas duas semanas pelo governo britânico já ajudam a salvar vidas e "o Reino Unido continuará com o apoio àqueles que precisam ajuda de maneira desesperada".

"Os trabalhadores humanitários que arriscam suas próprias vidas devem poder continuar com suas tarefas. Todas as partes envolvidas nos enfrentamentos devem dar a eles acesso seguro, sem impedimentos, e o Reino Unido continuará a defender um cessar-fogo durável", disse.

Para ajudar às ONG com seu trabalho em Gaza, Londres ativou a chamada "Instalação de Resposta Rápida", um mecanismo para alocar fundos de maneira urgente "e permitir que esses trabalhadores humanitários continuem salvando vidas e ajudem mulheres e crianças traumatizados o mais rápido possível".

O Departamento britânico para Desenvolvimento Internacional indicou que desde o começo da ofensiva israelense, em 8 de julho, 136 colégios - alguns deles empregados como abrigos, 24 hospitais e clínicas e 25 ambulâncias foram danificadas ou destruídas, e oito trabalhadores da ONU e pelo menos dois voluntários palestinos morreram.

Em declarações publicadas hoje pelo "Guardian", o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, cobrou o governo de Israel a frear suas operações militares e passar a dialogar com o Hamas.

Segundo o número dois do Executivo, é "difícil negar que as ações militares israelenses parecem desproporcionais e, junto ao ataque a Gaza, resultam em um sofrimento coletivo dos palestinos".

"Se Israel quer conseguir segurança duradoura para sua gente, deve empregar meios políticos, não militares, para romper o círculo de violência", assinalou Clegg.

O líder do Partido Liberal-Democrata considerou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "deve agora pôr o interesse estratégico e de longo prazo de Israel antes dos benefícios das táticas militares e o interesse de curto prazo".

"Chegou o momento de o governo de Israel falar com a liderança política do Hamas em Gaza. A recusa de Israel de estabelecer conversas com o novo governo de unidade do presidente Mahmoud Abbas, porque inclui o Hamas, deve acabar", acrescentou. EFE

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