Negociadores hondurenhos chegaram a um acordo nesta quarta-feira que pode resolver uma crise detonada quando o presidente Manuel Zelaya foi deposto em um golpe em junho. Mas o acordo ainda precisa ser aprovado por ele e pelo governo de facto, disse um assessor próximo a Zelaya nesta quarta-feira.
"Não falaria em um fim da crise política, mas em uma saída", disse Victor Meza a jornalistas, depois que os negociadores de Zelaya e do líder de facto Roberto Micheletti se reuniram na capital.
"Conseguimos chegar a um texto único que será discutido e analisado pelo presidente Zelaya e por Micheletti".
O golpe deu início à pior crise na América Central em anos e virou um teste para o presidente norte-americano, Barack Obama, depois que ele prometeu melhorar as relações com a América Latina.
A questão central discutida foi a volta de Zelaya ao poder, mas nenhum lado deu detalhes do acordo e os negociadores de Micheletti não quiseram comentá-lo.
Mesmo assim, o chefe do Exército Romeo Vasquez, figura central no golpe, também disse que um acordo estava próximo.
"Sei que avançamos de forma significativa, estamos quase no fim da crise", disse ele à rádio local HRN.
Zelaya foi deposto por militares e expulso de Honduras em 28 de junho, mas em 21 de setembro voltou clandestinamente ao país e está, desde então, abrigado na embaixada brasileira na capital Tegucigalpa.
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