Pelo menos seis pessoas foram feridas a tiros hoje no Iêmen no momento em que tropas avançaram a fim de acabar com manifestações que exigem a deposição imediata do presidente Ali Abdullah Saleh, disseram testemunhas. Ativistas realizavam manifestações pelo segundo dia após rejeitarem um plano do Conselho de Cooperação do Golfo por uma transição ordenada, pela qual Saleh entregaria o poder a seu vice em 30 dias. Os manifestantes rechaçam a linha mais branda adotada pelo Fórum Comum, uma coalizão parlamentar de oposição iemenita que concordou com a proposta do conselho.
As tropas dispararam contra manifestantes na cidade de Taez, 200 quilômetros ao sul da capital, Sanaa, disse um organizador do protesto, Ahmed Wafi, à France Presse. Segundo ele, três pessoas ficaram feridas na cidade, uma com gravidade. Em Áden, mais ao sul, outras três pessoas se feriram quando as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes, disseram testemunhas e funcionários do setor de saúde.
Dezenas de milhares de pessoas realizam um protesto na principal praça da capital. "Nós rejeitamos totalmente este plano. Nós exigimos não somente a queda do presidente Ali Abdullah Saleh, mas ele deve também ser julgado", afirmou o manifestante Hashim al-Sufi. Os ativistas mais radicais, que realizam protestos há três meses na praça de Sanaa, convocavam para esta terça-feira uma "marcha ao palácio presidencial".