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crise árabe

Repressão no Iêmen deixa 13 mortos

Sanaa - Forças de segurança do Iêmen abriram fogo contra milhares de manifestantes antirregime em várias cidades do país ontem, ma­­tando pelo menos 12 pessoas na capital, Sanaa, e outra em Áden, de acordo com relatos locais.

Em Sanaa, as estimadas 100 mil pessoas que foram às ruas insistir na renúncia imediata do ditador Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder, foram dispersadas com munição e gás lacrimogêneo. Além dos mortos, cerca de 190 pessoas ficaram feridas.

Na portuária Áden, os confrontos entre forças do governo e ma­­nifestantes deixaram um morto e dezenas de feridos. Em Taiz, se­­gun­­da maior cidade do país, também houve protestos – sem vítimas.

Os novos episódios de violência coincidem com o lançamento ontem, por parte dos manifestantes, de uma campanha de desobediência civil em ao menos 18 cidades iemenitas contra o ditador.

A oposição planeja fechar o comércio, escolas e órgãos oficiais duas vezes por semana até a re­­núncia de Saleh.

Oposicionistas rejeitam acordo – proposto pelos países do golfo – endossado no sábado pelo regime, que prevê a saída de Saleh em 30 dias após a sua assinatura.

O acordo foi aceito também pelos principais grupos de oposição a Saleh, que esperam assiná-lo nos próximos dias em encontro a ser realizado na Ará­­bia Saudita.

Líderes da revolta popular contra Saleh não aceitam seus termos e temem uma manobra do ditador para se perpetuar no cargo.

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