Sanaa - Forças de segurança do Iêmen abriram fogo contra milhares de manifestantes antirregime em várias cidades do país ontem, ma­­tando pelo menos 12 pessoas na capital, Sanaa, e outra em Áden, de acordo com relatos locais.

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Em Sanaa, as estimadas 100 mil pessoas que foram às ruas insistir na renúncia imediata do ditador Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder, foram dispersadas com munição e gás lacrimogêneo. Além dos mortos, cerca de 190 pessoas ficaram feridas.

Na portuária Áden, os confrontos entre forças do governo e ma­­nifestantes deixaram um morto e dezenas de feridos. Em Taiz, se­­gun­­da maior cidade do país, também houve protestos – sem vítimas.

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Os novos episódios de violência coincidem com o lançamento ontem, por parte dos manifestantes, de uma campanha de desobediência civil em ao menos 18 cidades iemenitas contra o ditador.

A oposição planeja fechar o comércio, escolas e órgãos oficiais duas vezes por semana até a re­­núncia de Saleh.

Oposicionistas rejeitam acordo – proposto pelos países do golfo – endossado no sábado pelo regime, que prevê a saída de Saleh em 30 dias após a sua assinatura.

O acordo foi aceito também pelos principais grupos de oposição a Saleh, que esperam assiná-lo nos próximos dias em encontro a ser realizado na Ará­­bia Saudita.

Líderes da revolta popular contra Saleh não aceitam seus termos e temem uma manobra do ditador para se perpetuar no cargo.

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