O governo e a oposição, na Bolívia, revisavam nesta terça-feira (16) um acordo inicial para estabelecer uma trégua entre os dois lados. Além disso, a intenção era estabelecer as bases de uma negociação mais ampla, após violentos protestos em quatro regiões deixarem 15 mortos e 37 feridos, segundo números oficiais. "Estamos muito perto de terminar essa tarefa", disse o governador opositor Mario Cossío. Segundo ele, haverá uma reunião "definitiva" com o presidente Evo Morales ainda nesta segunda.
O presidente chegou na madrugada do Chile, onde recebeu unânime respaldo de líderes das nações sul-americanas na reunião de emergência da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), realizada na terça-feira (15).
"O documento assentará as bases para um diálogo que permita construir um acordo nacional", disse Cossío, governador do departamento (Estado) de Tarija, no sul do país. Cossío representa os quatro governadores da oposição regional. Em nome do Executivo participou o vice-presidente Álvaro García Linera nas negociações realizadas durante a ausência de Morales.
O vice-ministro de Descentralização, Fabián Yaksic, declarou após a reunião que "tomara nesta terça-feira possamos transmitir as bases para um diálogo sério por que espera o país".
Os contatos começaram na sexta-feira. Ainda que a tensão tenha baixado, não houve ontem a normalização de atividades em várias regiões à espera de acordo.
Hoje prosseguiam os bloqueios em várias rodovias das quatro regiões rebeldes, que se opõem ao projeto constitucional defendido por Morales. Além disso, a oposição quer a devolução de impostos destinados pelo governo central para o pagamento de uma pensão para idosos.
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