Investigadores encontraram mostras do DNA de Dominique Strauss-Kahn na roupa da camareira que acusa o ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) de tentativa de estupro, segundo as redes de tevê norte-americanas NBC e ABC. As informações não foram, porém, confirmadas pela polícia nem pela Promotoria.
Segundo a emissora NBC, foi achado sêmen do francês no colarinho da roupa da empregada do hotel em Nova York, onde ele havia se hospedado dos dias 13 a 14 deste mês. Os resultados dos exames de DNA efetuados em Strauss-Kahn, em sua suposta vítima e na suíte do hotel Sofitel de Nova York, onde teria ocorrido o abuso sexual, eram aguardados para o início desta semana.
Uma porta-voz do tribunal, Erin Duggan, havia declarado ontem de manhã que nada seria comunicado antes do processo, e repetiu a mesma posição à tarde. Os exames devem confirmar se houve ato sexual, mas a prova de violência sexual é mais difícil de ser verificada, ressaltam especialistas.
Strauss-Kahn, de 62 anos, está atualmente em um apartamento no sul de Manhattan que pertence à companhia encarregada de sua estrita segurança e onde só pode ficar por alguns dias. Por enquanto, ele só é autorizado a sair por razões médicas. Quando for transferido à residência "definitiva" enquanto durar o julgamento, Strauss-Kahn terá direito a assistir a audiências judiciais, reuniões com seus advogados, visitas ao médico e à sinagoga.
Strauss-Kahn deixou a prisão de Rikers Island em troca de condições estritas, entre elas o pagamento de uma fiança de um US$ 1 milhão em dinheiro e outros US$ 5 milhões em garantias. Ele também está usando um equipamento eletrônico para facilitar a vigia dos policiais.
Contestação
Um grupo de 679 funcionárias do FMI assinou carta ao jornal The New York Times contestando o conteúdo de texto do jornal que indicava a existência de ambiente propício a envolvimento pessoal entre chefes e subordinadas na instituição.
Na matéria, o FMI era descrito com um local com regras de combate ao assédio sexual mais flexíveis do que nos Estados Unidos e com rotina que propicia o relacionamento.
Na carta, as mulheres dizem se sentir "insultadas" e não ver "o quadro pintado" pelo jornal norte-americano.