Rússia, França e Estados Unidos propuseram uma reunião, intermediada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com especialistas dos três países e do Irã para discutir o acordo de troca de combustível nuclear, informou o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
As conversações, intermediadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), seriam realizadas com a condição de que o Irã interrompa o enriquecimento de urânio a 20%, disse Lavrov, durante uma visita a Israel. Ele afirmou que a reunião terá como objetivo resolver "questões de fornecimento de combustível para o reator de pesquisa de Teerã" e é uma resposta à iniciativa do Brasil e da Turquia, em maio, de resolver o impasse internacional.
"Em resposta à iniciativa do Brasil e da Turquia, Rússia, França e Estados Unidos propuseram ao diretor-geral da AIEA a organizar a reunião de especialistas técnicos dos três países com especialistas iranianos com o objetivo de resolver questões de fornecimento de combustível para o reator de pesquisa de Teerã", disse Lavrov em Jerusalém, segundo a agência de notícias ITAR-TASS.
No mês passado, Brasil e Turquia chegaram a um acordo de troca de combustível nuclear com o Irã. O país persa enviaria parte de seu urânio de baixo enriquecimento para a Turquia em troca de combustível para o reator de Teerã. Os Estados Unidos, a França e a Rússia - conhecidos como o Grupo de Viena - desconsideraram o acordo antes de uma votação, no Conselho de Segurança (CS) da ONU realizada em 9 de junho, que estabeleceu novas sanções militares e financeiras contra o Irã.
Respondendo às sanções, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, eliminou a possibilidade de conversações com o Sexteto - grupo formado por Grã-Bretanha, França, Rússia, China, Estados Unidos e Alemanha - sobre o programa de enriquecimento de urânio até o fim do mês iraniano de Mordad, que acaba no fim de agosto.
O ministro de Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, esclareceu hoje que o congelamento das conversações são relacionadas apenas ao programa atômico iraniano e não inclui as discussões sobre o acordo de troca de combustível. O Ocidente acredita que o programa de enriquecimento de urânio do Irã é parte de um projeto para a fabricação de armas nucleares, mas o Irã afirma que o programa é completamente pacífico.
Nem os Estados Unidos nem Israel descartaram a realização de um ataque militar contra as instalações nucleares iranianas se as sanções fracassarem em interromper as atividades nucleares do país. As informações são da Dow Jones.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano