Veja quais foram os últimos acontecimentos na região| Foto:

São Paulo - Após seis dias de protestos que já deixaram ao menos 25 mortos, o governo da Síria anunciou que estuda reformas e que pode suspender o estado de exceção, em vigor no país desde 1963. Em entrevista coletiva, a conselheira da Presidência Buzeina Shaaban disse que uma comissão será criada para avaliar as demandas dos manifestantes, consideradas "legítimas" pelo regime do ditador Bashar al Assad.

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"As reivindicações legítimas do povo estão na mesa de estudo do presidente sírio, Bashar al Assad, e da chefia do partido Baath", ressaltou, negando ainda que o regime tenha ordenado que suas forças de segurança abrissem fogo contra os protestos.

A conselheira transmitiu o pesar do ditador aos familiares das vítimas nos protestos em Deraa e sugeriu que os protestos foram motivados por agentes estrangeiros, da Jordânia, que querem desestabilizar o governo sírio.

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"Deraa foi escolhida como palco dos protestos não por sua situação social ou econômica, mas por sua proximidade com a fronteira [jordaniana] e a facilidade que alguns grupos que desejam alterar a segurança e a estabilidade da Síria lá encontram para receber armas e fundos", denunciou.

Anistia

A conselheira afirmou ainda que serão suspensas "as detenções arbitrárias", em alusão às prisões de dezenas de ativistas, opositores e manifestantes nos últimos dias.

Além disso, Shaaban afirmou que as autoridades sírias vão preparar novas leis de partidos políticos e de imprensa, reforçar o Poder Judiciário e criar mecanismos para combater a corrupção.

Shaaban também anunciou uma série de medidas sociais que o governo vai a iniciar, entre elas, um aumento imediato dos salários dos funcionários e a dedicação de recursos para a criação de novos empregos.

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Todas essas decisões foram adotadas durante uma reunião da direção nacional do partido Baath, liderada por Assad, na qual foram analisadas os últimos eventos no país.

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