O governo sírio disse que as forças de segurança conseguiram reforçar seu controle sobre áreas tomadas por protestos nas últimas sete semanas, e que a ameaça ao presidente Bashar al-Assad já diminuiu.

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'Espero que estejamos testemunhando o fim dessa história ... acho que já passamos o pior momento', disse o assessor presidencial Bouthaina Shaaban a um correspondente do jornal The New York Times autorizado a entrar no país por algumas horas. A maioria dos jornalistas estrangeiros foi expulsa.

Falando de Damasco, o influente ativista de direitos humanos Suhair al-Atassi disse que 'este regime está jogando uma cartada derrotada ao enviar tanques para as cidades e cercá-las.'

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'Os sírios viram o sangue dos seus compatriotas ser derramado. Eles nunca vão voltar a serem não-pessoas.'

Atassi disse que um novo protesto contra o regime de Assad ocorreu na terça-feira em Homs, terceira maior cidade síria, apesar da forte presença policial e militar. No domingo, tanques invadiram vários bairros da cidade, matando três civis, segundo testemunhas.

Outro ativista de direitos humanos disse, em Homs, que 1.500 pessoas fugiram das suas casas em três aldeias próximas, onde também há presença de tanques. Uma mulher teria sido morta por militares.

Em Qamishli, no leste, cerca de mil pessoas saíram em passeata durante a noite exigindo o fim do cerco a Homs, Banias e outras cidades e aldeias do sul do país.

Em Tafas, no sul, quatro civis foram mortos por forças de segurança, disse um ativista, acrescentando que 300 pessoas foram detidas desde que tanques ocuparam a cidade, no sábado.

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O influente ativista Louay Hussien, uma das quatro personalidades da oposição que se reuniram com Shaaban nas últimas duas semanas para explorar uma possibilidade de diálogo, afirmou:

'Dissemos que as autoridades deveriam autorizar protestos pacíficos ... para que os manifestantes possam concordar a respeito de programas políticos e escolher seus representantes para negociar com as autoridades.'

O governo alegou que a violência tem sido provocada por 'grupos terroristas armados' com apoio de agitadores islâmicos e estrangeiros. As autoridades afirmaram também que cerca de cem soldados e policiais já foram mortos.

Segundo Shaaban, militantes armados manipularam 'as reivindicações legítimas do povo.' Tais militantes seriam 'uma combinação de fundamentalistas, extremistas, contrabandistas e ex-condenados (que) estão sendo usados para causar perturbação.'

Assad, que herdou o poder do seu pai em 2000 e manteve os modos autoritários do Partido Baath, inicialmente acenou com a possibilidade de reformas quando os protestos começaram, em março, mas há duas semanas recorreu aos militares para esmagar a rebelião.

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Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Tonner, disse que a repressão do governo sírio só irá estimular os manifestantes.

'O que fica aparente a partir dos fatos das últimas semanas é que a repressão do governo sírio em cidades como Deraa e Banias simplesmente incita a mais violência, e fortalece francamente a resolução das reivindicações do povo sírio.'